O brasileiro Wagner Moura e o escocês James McAvoy protagonizam blockbusters.
Hoje tive a oportunidade de viver na sala de cinema uma experiência curiosa. Sem ter antecipado, resolvi assistir de seguida dois filmes. Por mero acaso ou ironia do destino, o enredo de ambos os filmes era o mesmo.
O primeiro deles, "Tropa de Elite" (José Padilha, Brasil, 2007), foi o motivo da ida ao cinema. O segundo, "Procurado" (Timur Bekmambetov, E.U.A., 2008), foi uma escolha aleatória, talvez influenciada pela adrenalina dos tiros e armas da primeira fita, talvez pela presença da Jolie e McAvoy. Uma boa actriz e um bom actor, se me faço entender. Qual não foi a minha surpresa ao constatar, nos primeiros 5 minutos de "Procurado", que estava diante de uma versão anglo-protestante do filme anterior (Roberto DaMatta escreveria aqui um tratado de antropologia). Os minutos seguintes alimentaram a minha teoria. Ambas as histórias são narradas pelo protagonista, que questiona o sentido do seu quotidiano ao mesmo tempo em que faz parte de uma organização que pratica a justiça pelas próprias mãos, perseguindo um código moral próprio. Mediante um treinamento extremamente exigente, a entrada nesta organização é condicionada a indivíduos com resistência fora do comum. A meio do filme, tudo é embalado por uma vindicta pessoal.
Após várias semelhanças, que poderá constatar ao assistir as duas fitas, o mais espantoso é que a cena final (atenção: spoiler!!) é idêntica. Tanto na forma quanto no conteúdo.
Não deixe de verificar por si. E "Tropa de Elite" (cuja sala estava cheia) vale mesmo à pena.
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