quinta-feira, 5 de abril de 2007

Descubra as diferenças.


Acima, temos dois exemplos de boa comunicação.

O primeiro cartaz é de um partido apagado do espectro político português que, até a veiculação deste cartaz no centro de Lisboa, quase ninguém sabia que existia. De uma hora para outra, na sequência desta singular peça de comunicação, o partido beneficiou de uma exposição mediática ímpar, com centenas de grps gratuitos em horário nobre, além de notícias em todos os jornais. Apesar de ter sido muito criticado na imprensa, com toda certeza conseguiu fazer a sua mensagem chegar ao nicho eleitoral que determinou como alvo.

O segundo cartaz foi posto ao lado do primeiro e pago pelo próprio bolso pelos "Gatos Fedorentos", os 4 comediantes que protagonizam neste momento um dos programas de maior audiência da TV portuguesa, levado ao ar todos os Domingos à noite pela RTP. O oportunismo político do grupo em conceber e custear a resposta mais acutilante possível ao primeiro cartaz, resposta essa que só eles poderiam dar, é de um brilhantismo que ombreia com os melhores estrategas políticos do mercado. Já na campanha pelo referendo do aborto, a rábula que o grupo de humoristas fez no Youtube dos argumentos de uma das maiores vozes (o comentarista Marcelo Rebelo de Sousa) da campanha do "não", significou uma pedrada no charco que só contribuiu para que o "sim" ganhasse.

A conclusão possível é que, quanto ao PNR, é positivo que a sociedade portuguesa seja plural e democrática a ponto de permitir toda e qualquer manifestação política, seja de extrema direita ou de extrema esquerda. Isso é bom. "Até para a manutenção do status quo", alguns mais maquiavélicos diriam.

A outra certeza é de que há, garantidamente, renovação assegurada no painel de humoristas da TV portuguesa.

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