quarta-feira, 16 de maio de 2007

Sedutora Gabriela.


Faz hoje 30 anos que a telenovela "Gabriela" estreou em Portugal, incendiando o país com a sensualidade de Sónia Braga e os caricatos personagens adaptados do romance de Jorge Amado. Hoje, a teledramaturgia, seja com as novelas produzidas pela NBP para a TVI, a "Floribela" da SIC (realizada pelo brasileiro Atílio Riccó) ou as produções brasileiras com presença pulverizada em horários diversos, em três canais de sinal aberto, é dos produtos mais vistos da TV portuguesa.

Enquanto isso, a "inteligentsia" local ainda vê o género com algum paternalismo, sendo de bom tom torcer o nariz para a novela enquanto produto cultural ou mesmo como entretenimento, fomentando as teorias do costume de que a novela estupidifica o povo. Também volta e meia (ainda) ouve-se a clássica mentira de se negar o hábito de ver novelas.

A verdade é que o poder que o género teledramaturgia detém, com hora marcada, de aglutinar milhões de almas sob pavloviana obediência (olha aí o paternalismo entranhado) em frente ao ecrã, gera sempre algum ciúme. Ou falso desdém.

Afinal de contas... audiência: quem não queria?

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